quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O homem de borracha. O diamante negro.

A emocionante biografia do artilheiro Leônidas da Silva, escrita pelo jornalista André Ribeiro (autor também de "Fio de Esperança -Biografia de Telê Santana"), reproduz um diálogo entre um taxista argentino e o jornalista Luís Mendes. "Pelé não é nada, nada, nada... perto de Leônidas", diz o motorista. Exageros à parte, dá uma pista do certo descaso com que o Brasil trata a memória do seu primeiro grande ídolo de futebol profissional. Neste sábado, 24 de janeiro, faz 5 anos que morreu o homem de borracha, o atacante que celebrizou aquela jogada conhecida como bicicleta.
O polêmico cracaço de bola carioca, jogou (e aprontou!) no Sírio e Líbanes, São Cristóvão, Bonsucesso, Penãrol, Vasco, Botafogo, Flamengo (campeão nos 3 grandes grandes cariocas onde jogou), São Paulo (cinco títulos paulistas na década de 40!) e Seleção Brasileira (artiheiro da Copa do Mundo de 1938 com 7 gols, segundo site da Fifa). No fim da carreira, teve oportunidade de ser técnico no São Paulo, mas o gênio difícil atrapalhou. Depois, virou comentarista de rádio, até o Mal de Alzheimer complicar as coisas. Leônidas, ídolo de infância de Pelé, superlotou uma estação de trem quando deixou o Flamengo para jogar no São Paulo. A estreia no Tricolor, num 3x3 contra o Corinthians em 1942 é considerado até hoje a partida de maior público do Pacaembu. Leônidas morreu em 24/01/2004, na véspera dos 450 anos da cidade de S.Paulo. Aí já viu, né? O carioca que foi ídolo na São Paulo dos anos 40 não teve as homenagens que merecia.
Se você gostou da obra do Ruy Castro sobre Garrincha, eu recomendo o livro de André Ribeiro: "O Diamante Eterno" - Biografia de Leônidas da Silva (editora Gryphus), que inspira e ilustra este post .




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